segunda-feira, 20 de junho de 2011

Trancas

O que presumo, não é um quadrado com uma ou duas aberturas, o que deram o nome de janela. Sou partículas de luz, adentrando na brecha da janela que habitualmente pela manhã está fechada. Abrem quando querem, quando o escuro incomoda, ou ainda quando já passam das 8:00 horas. Entrei antes disso, não há como controlar quando me expando, onde existe espaço, ocupo espontaneamente, é assim a natureza das coisas... Quando você abre a janela, nós nos vemos... Misturo-me a objetos, aqueço persianas, e os poros da sua pele, iluminam-se... Penetra a luz, ela ardentemente te consome. Você, não mais enxerga, o seu corpo volta-se para dentro, sentes calor. Lá, sinto sua vida frágil e plena... você olha apenas o que está a minha volta, as árvores, outra janela, carros, pessoas, pássaros apressados... E eu?... Estou nas brechas, sondando o que existe no escuro, antes que abras a janela...

Nenhum comentário:

Postar um comentário