segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Além do mundo sensível

Sentimento era confuso até eu conhecer melhor a palavra sensação. É através de um nome que as coisas põem-se a existir. O que nasceu do coração? Flores ou vento? Nada! Nada?...Ainda não tem um nome... Como encontrar uma palavra para expressar algo que é sentido? Se eu tivesse conhecimento de todas as palavras do mundo, eu saberia explicar? Gostaria de ter hoje mil anos e escrever palavras do que ocorre-me, de como você vem até mim, e a maneira que sempre estou receptível a você. Consigo imaginar como seriam as palavras; consistentes, brandas, pulsantes, tranquilas... Seriam como cantares de salomão, e se fossem cantadas, de tão veementes soariam como vozes trovadoristas. Queria hoje ter mil anos, conhecendo as palavras e seus significados. Escolheria uma que chegasse mais próximo do sentir, sim, pois se existir uma palavra que defina o que se sente, este é limitado. Então... Como explicar?... Um beijo é capaz de transmitir? De que maneira seria esse beijo, se este pudesse expressar? Por ter se tornado intenso, seria veloz? Aí, você entenderia? Também é suave... Como seria o beijo? O que está nos entremeios? vou nomear, existir essa palavra, por enquanto eu chamo de amor.
O grande

Era escuro, embora eu tentasse não conseguia encontrar o fim. Da minha orelha direita á esquerda, um arco se formava, eu não via, mas, ele estava lá. Deitada com a face voltada ao céu profundo e obscuro, via sair da parte superior(se é que tinha parte superior) algo semelhante a pedra... Restos de cratera, talvez...De forma lenta, aproximavam-se, vinham de todos os cantos do escuro...Eram pedras de todos os tamanhos, quando próximas, adentravam á minha mente, isso me perturbava, pois parecia que elas iam me atingir, não, elas penetravam como fumaça, sim, eram leves...