sexta-feira, 30 de novembro de 2012


Três caminhos a procura do primeiro

A capela na Lagoa de São Pedro era metade de um céu pra mim, a outra metade, eu esqueci, pois, lembro-me de pouca coisa daquele tempo... Há uma vaga lembrança de muitas flores, cores, coros entoados com harmonia, e roupas brancas... Se não me falha a memória, a Igrejinha era azul, de Padre não lembro... Em outro tempo frequentei um local onde havia algumas salas, lá era silencioso, tranquilo, mas eles faziam coisas estranhas... Lembro que eu entrava em um quarto com pouca iluminação, pediam que ficássemos com os olhos fechados até que eles terminassem de fazer um som com as mãos, mas criança não fica com olhos fechados, a menos que estejam dormindo, e então abri os olhos de maneira oculta...  Gostei daquilo; faziam um som com os dedos e liberavam alguma energia em volta do nosso corpo, depois bebíamos uma água... Lá, ouvi  uma palestra em que uma mulher instruía as mães a queimarem a mão do filho se este estivesse curioso de tocar no ferro de passar roupa... Até hoje não entendi o que ela quis dizer, mas acho que entendi a mensagem, pois nunca tive curiosidade de tocar num ferro quente enquanto minha mãe passava a roupa... Pois bem, também fiz parte de um grupo de pessoas que viam a Deus... Eu nunca quis vê-lo... Fico sempre muito ocupada com o espaço incompreendido de mim mesma...

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